{RESENHA} O CONTO DA AIA - MARGARET ATWOOD


Título: O conto da Aia

Autora: Margaret Atwood

Páginas: 368

Editora: Rocco


Sinopse: A história de 'O conto da aia' passa-se num futuro muito próximo e tem como cenário uma república onde não existem mais jornais, revistas, livros nem filmes - tudo fora queimado. As universidades foram extintas. Também já não há advogados, porque ninguém tem direito a defesa. Os cidadãos considerados criminosos são fuzilados e pendurados mortos no muro, em praça pública, para servir de exemplo enquanto seus corpos apodrecem à vista de todos. Nesse Estado teocrático e totalitário, as mulheres são as vítimas preferenciais, anuladas por uma opressão sem precedentes. O nome dessa república é Gilead, mas já foi Estados Unidos da América. As mulheres de Gilead não têm direitos. Elas são divididas em categorias, cada qual com uma função muito específica no Estado - há as esposas, as marthas, as salvadoras etc. À pobre Offred coube a categoria de aia, o que significa pertencer ao governo e existir unicamente para procriar. Offred tem 33 anos. Antes, quando seu país ainda se chamava Estados Unidos, ela era casada e tinha uma filha. Mas o novo regime declarou adúlteros todos os segundos casamentos, assim como as uniões realizadas fora da religião oficial do Estado. Era o caso de Offred. Por isso, sua filha lhe foi tomada e doada para adoção, e ela foi tornada aia, sem nunca mais ter notícias de sua família. É uma realidade terrível, mas o ser humano é capaz de se adaptar a tudo. Com esta história, Margaret Atwood leva o leitor a refletir sobre liberdade, direitos civis, poder, a fragilidade do mundo tal qual o conhecemos, o futuro e, principalmente, o presente.



Olá amantes, tudo bem? Hoje é dia de resenha e o livro de hoje é "O conto da Aia" da autora Margaret Atwood.
Para quem acompanha o blog sabe que eu assisti a série antes de ler a obra (não me julguem!!!) pois na época eu só baixei a série sem saber muito sobre o que se tratava ou que era baseada em um livro. Eu devorei as duas temporadas em questão de dias e desde então ansiava pela leitura.

Eis que ganhei a obra de amigo secreto (OBRIGADA) e comecei quase que no mesmo dia e hoje trago a resenha para vocês.




No livro iremos conhecer a personagem June que nos narra em primeira pessoa a sua história. June alterna entre passado e presente os relatos de sua vida. Devo confessar que seu presente faz com seu passado seja algo inalcançável ou até mesmo lembranças que não parecem reais nos dias de hoje.
Tenho trinta e três anos. Tenho cabelos castanhos. Tenho um metro e setenta de altura descalça. Tenho dificuldade de me lembrar da aparência que eu costumava ter. Tenho ovários viáveis. Tenho mais uma chance. ”
O Conto da Aia mostra a vida na República de Gilead (antigo EUA) que após sofre uma uma revolução se tornou uma república governada por militantes radicais cristãos. Eles se apegaram ao velho testamento bíblico com uma interpretação bem exagerada que acabou redigindo o modo como vivem e as regras que todos devem seguir.

As mulheres foram divididas em castas com funções definidas: As Marthas, responsáveis pelos serviços domésticos; as Esposas, administradoras do lar; as Aias, com função de reproduzir; e as Tias, senhoras que educam as mulheres para a servidão e submissão.

June é uma Aia, e como sua função é ser uma espécie de "Barriga de aluguel", sua estadia na casa do comandante consiste exclusivamente em ela lhe dar um filho.

Toda a narrativa e os relatos de June me deixaram bem desconfortável durante a leitura, realmente não é fácil ser mulher e ler tais absurdos sem sentir repulsa, incomodo, raiva e tristeza.
Também não aconteceu dessa maneira. Não tenho certeza de como aconteceu; não exatamente. Tudo o que posso ter esperança de conseguir é uma reconstrução: a maneira como se sente o amor é sempre apenas uma aproximação."
A obra causa tais sentimentos nos leitores, mas em nós mulheres com certeza é multiplicado por 1000.

O livro não foi uma surpresa para mim, pois como disse antes eu já havia assistido a série então sabia bem o que me aguardava durante a leitura e mesmo assim não deixou de ser uma ótima leitura.

Esse não é um livro cuja leitura seja rápida, não mesmo, é um livro que se deve ler por partes e absorver cada pequena informação. É uma distopia para lá de impactante.
Super recomendo a leitura e a série.



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