{RESENHA} CIDADES AFUNDAM EM DIAS NORMAIS - ALINE VALEK

Título: Cidades afundam em dias normais
Autora: Aline Valek
Páginas: 256
Editora: Rocco
*Livro cedido em parceria com a editora

Sinopse: Da mesma autora de “As águas vivas não sabem de si”. Alto do Oeste é uma cidade no meio do Cerrado, que, no início desse século, afundou inexplicavelmente dentro de um lago. Apesar de insólita, essa submersão foi acontecendo de forma lenta e gradual, de modo que também foi aos poucos que seus habitantes foram “expulsos” pelo avançar das águas e obrigados a abandonar à cidade. Anos depois, uma seca extrema no cerrado voltou a revelar Alto do Oeste, e todos os resquícios da vida das pessoas daquele lugar antes da inundação vieram à tona novamente, como se fossilizados pelo barro que agora encobre todas as coisas. Ao saber da notícia, Kênia Lopes, uma antiga moradora da cidade, decidiu que precisava fotografar as ruínas, como se em busca da resposta para uma questão jamais respondida: o que faziam os moradores enquanto aquele pequeno apocalipse se aproximava?


Olá amantes, tudo bem?  Hoje é dia de  resenha, e o livro de hoje é  "Cidades afundam em dias normais", de Aline Vallek! O livro é um lançamento da editora Rocco, e a resenha foi escrita pelo Leonardo Santos.


A história se passa em uma pequena cidade chamada Alto do Oeste, essa cidade tem um fato bem curioso: ela afundou e ficou submersa por 16 anos. 

Isso aconteceu por conta de um rio que havia na cidade, ele aos poucos foi tomando conta da cidade e a afundou por todo esse tempo, a população que ali morava precisou se refugiar em outra cidade, no entanto com a seca do rio a população volta pra lá, incluindo Kênia - uma jornalista e fotógrafa que volta para sua antiga cidade para entrevistar o povo que morava ali, além de registrar as ruínas que outrora foram os prédios da cidade. 


O livro se dá por relatos e entrevistas dos habitantes da cidade reencontrada, e nesses relatos vamos descobrindo mais sobre a história da própria cidade Alto do Oeste e também da vida das pessoas que consideravam aquele lugar um lar. É bem interessante ver como Kênia dialoga com essas pessoas, visto que ela também morou aqui e muita das pessoas com quem ela conversa tem um laço com a jornalista. 


Aline Valek tem uma escrita muito sensível e poética, isso reflete no livro da melhor forma possível, seja na construção da nostalgia que a cidade desperta nas pessoas - atiçadas pela memória - ou até mesmo no descaso que foi-se feito da cidade antes dela afundar completamente, esses fatores são bem interessantes na escrita de Aline, e flui muito bem através dos seus personagens! 


A leitura flui muito bem em capítulos curtos e uma narrativa direta, a edição organizada pela Rocco está belíssima e com certeza chama a atenção na estante!



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