{RESENHA} SETE DIAS JUNTOS - FRANCESCA HORNAK

Título: Sete dias juntos
Autora: Francesca Hornak
Páginas: 364
Editora: Bertrand Brasil
*Livro cedido em parceria com a editora

Sinopse: Não existem segredos para uma família em quarentena.
Uma semana é muito tempo para passar com a família…

A família Birch irá se reunir em Weyfield Hall, para o Natal, pela primeira vez em muitos anos. Emma está eufórica com a chegada da filha mais velha, Olivia, mesmo sabendo que o único motivo para o seu regresso é a quarentena à qual deverá se submeter após ter sido voluntária no tratamento de uma epidemia devastadora na África.

Enquanto Emma se esforça para parecer tranquila e para agradar a filha recém-chegada, seu marido, Andrew, jornalista e renomado crítico de restaurantes, passa os dias isolado em seu escritório, revirando o passado e revivendo seus dias de glória como um correspondente de guerra.

Phoebe, a filha mais nova, vive em um mundo frívolo que gira somente ao seu redor, e durante a quarentena se dedica de forma obsessiva à organização de sua cerimônia de casamento, para o desgosto de Olivia que tenta superar o choque cultural causado pelo contraste entre os luxos da vida de sua família e as mazelas de um país subdesenvolvido.

Pelos próximos sete dias ninguém poderá entrar nem sair da casa. Isolados do mundo e presos à companhia indesejada uns dos outros, uma semana pode se tornar uma eternidade para os Birch. Especialmente quando todos têm segredos a esconder.

Um deles prestes a bater à porta.


Olá, amantes! Tudo bem? Hoje é dia de resenha e o livro da vez é "Sete dias Juntos" da autora Francesca Hornak, lançamento da Bertrand Editora! Essa resenha foi escrita pela Maíra Marques.

Nessa história que se passa em 2016, iremos conhecer uma família inglesa composta por pai, mãe e duas filhas. Andrew e Emma tem 60 anos e um pouco mais de 30 anos de casados. Andrew é ex jornalista de guerra, atuando desde o nascimento da filha mais nova como escritor de uma coluna culinária no jornal The World. Desde que se tornou mãe, Emma deixou seu sonho de ter um buffet de lado. A filha mais nova, Phoebe, tem 29 anos e trabalha em um programa de tv. A filha mais velha, Olívia, tem 32 anos e é formada em medicina, ela passou 12 semanas na Libéria tratando pessoas com a doença Haag.
Você não pode fugir da quarentena só porque deu vontade. É apenas uma semana, pelo amor de Deus! Você não consegue pensar em ninguém além de você, por uma semana?"
Com um "ok, google" descobri que a Haag nada mais é do que o Ebola, uma doença altamente contagiosa, propagada através de agulhas sujas, sexo sem proteção, de mãe para o bebê durante a gravidez, por toque em uma superfície contaminada, saliva e contato com a pele. (Quase uma covid né, amados?)

Ao retornar para casa, Olívia precisa ficar sete dias em quarentena antes de retornar a sua realidade, e é neste ponto que a história tem início: Ela retornou na semana do natal, então sua família faz questão de encarar essa quarentena com ela. Quantos segredos são capazes de resistir por sete dias?



Cada pessoa da família guarda um grande segredo, mas todos eles estão prestes a desmoronar quando um dos segredos está chegando na casa da família, pronto para bater na porta...
Mas a memória é algo estranho. (...) Você bloqueia os piores momentos, na maior parte do tempo... tão logo eles acontecem, muitas vezes, para poder superar."
Não imaginei que iria me apegar tanto aos personagens como aconteceu. Eles são muito humanos, gente como a gente, erram e acertam, são egoístas e condolentes, ao mesmo tempo que você se estressa com eles, é capaz de amá-los. Os problemas nessa família são muito reais, é impossível não se envolver e se sentir parte dela, desejando conseguir entrar na história e dizer: "alô, pelo amor de Deus, expresse seus sentimentos, coloca logo tudo pra fora!"

Além do enredo incrível que te prende do início ao fim da trama, preciso também ressaltar os diálogos inteligentíssimos! Não há uma fala desse livro que não tenha sido necessária, aprendi tanto sobre a humanidade nessa leitura! Reavaliei tudo o que eu sabia sobre amar o próximo, valorizar o que tenho, o que posso fazer pelo próximo... Parafraseando um dos personagens: "Toda família deveria passar uma quarentena juntos".



Os capítulos são curtos, divididos pelos dias da quarentena e narrados em primeira pessoa pelas pessoas da família. A tradução da Ana Carolina Mesquita foi impecável e deixou a leitura super fluida, e a edição da Bertrand Brasil está belíssima! Um ótimo livro capaz de nos levar a reflexão sobre 2020, onde quem pode deveria ficar em casa e quem não se cuidar para não ser infectado e propagar o Covid-19.





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