{RESENHA} O CONTO DA AIA - MARGARET ATWOOD

Título: O conto da Aia
Autora: Margaret Atwood
Arte e adaptação: Renée Nault
Páginas: 240
Editora: Rocco

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Sinopse: Tudo o que as Aias usam é vermelho: como a cor do sangue, que nos define. Offred é uma aia da República de Gilead, um lugar onde as mulheres são proibidas de ler, trabalhar e manter amizades. Ela serve na casa do Comandante e de sua esposa, e sob a nova ordem social ela tem apenas um propósito: uma vez por mês, deve deitar-se de costas e rezar para que o Comandante a engravide, porque em uma época de declínio da natalidade, Offred e as outras Aias têm valor apenas se forem férteis. Mas Offred se recorda dos anos anteriores a Gilead, quando era uma mulher independente, com um emprego, uma família e um nome próprio. Hoje, suas lembranças e sua vontade de sobreviver são atos de rebeldia. Provocante, surpreendente, profético. O conto da Aia é um fenômeno mundial, já adaptado para cinema, ópera, balé e uma premiada série de TV. Nessa nova versão em graphic novel, com arte arrebatadora de Renée Nault, a aterrorizante realidade de Gilead é trazida à vida como nunca antes.


O conto da Aia foi publicado aqui no Brasil pela @editorarocco. Ano passado na Bienal do Rio a editora trouxe essa edição linda para os fãs desta história. Uma Graphic novel bem trabalhada em uma edição especial com corte de páginas especial e que traz em suas páginas uma adaptação da obra.

June tinha uma vida bem feliz e comum ao lado de seu marido e filha, tinha também uma melhor amiga e confidente.
Mas hoje essa vida não passa apenas de lembranças, as vezes ela mesma dúvida se a vida que lhe foi tirada, existiu mesmo ou se são apenas sonhos.


Tudo o que as Aias usam é vermelho: como a cor do sangue, que nos define.”
Hoje June é uma Aia, seu nome e sua identidade lhe foram arrancados e sua função nesse "novo mundo" é apenas servir com um único objetivo.
Mulheres perderam seus direitos, suas vidas e foram divididas em funções, cada qual para um propósito.

As aias são as mulheres férteis, as que estão no mundo para dar filhos as famílias poderosas.
Antes de irem cumprir seu propósito, essas mulheres recebem um treinamento severo e saem de lá prontas para iniciar seu papel.

Aqui temos um relato doentio, perverso que nos mostra um pouco da realidade, onde o machismo domina.
Essa distopia nos faz refletir sobre um mundo absurdo onde mulheres são tratadas com nenhum respeito.

Se isto é o meu fim ou um novo começo não tenho nenhum meio de saber”.
Li esse livro há algum tempo e reviver essa história me trouxe uma emoção enorme.

A obra de Margaret foi adaptado para série de TV, e se você tem o estômago fraco não assista! Eu como mulher me senti mal ao ver cenas que eu li serem adaptadas de forma bem explícita, não foi algo fácil de digerir. Algumas das cenas me deixaram enojada.
Mas como disse acima, é um livro que se tornou um dos meus favoritos pelo fato de mostrar que a união feminina pode fazer a diferença até em cenários inimagináveis.



Sei por que não há nenhum vidro na frente do quadro de íris azuis, e por que a janela só se abre parcialmente e por que o vidro nela é inquebrável. Não é de fugas que eles têm medo. Não iríamos muito longe. São daquelas outras fugas, aquelas que você pode abrir a si mesma, se tiver um instrumento cortante.”
Super recomendo o livro, a Graphic novel e a série.

Um comentário:

  1. Esse é um dos livros da minha meta para 2020, tenho certeza que vou gostar, só estou adiando a leitura pro momento certo (me preparando pro impacto hahaha). A Graphic Novel foi uma surpresa pra mim, quando foi lançada, mas achei ótimo.
    Beijos
    renatavarelaescreve.blogspot.com

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